Professor da FRCG é aprovado em primeiro lugar para doutorado da UFCG

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Professor da FRCG é aprovado em primeiro lugar para doutorado da UFCG

O professor da Faculdade
Rebouças (FRCG), José Ozildo dos Santos, obteve a maior nota já registrada no
Doutorado de Engenharia de processos da Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG), sendo aprovado em primeiro lugar.

O projeto será aplicado no
município paraibano de Junco do Seridó e consiste em dois eixos principais,
sendo um de pesquisa e outro de mobilização social. De acordo com José Ozildo,
uma das grandes problemáticas da região é o ciclo de produção do caulim,
mineral com aplicações na indústria cosmética, de utensílios e da construção
civil.

A exploração do material é uma
atividade que causa grande impacto ambiental, como a contaminação dos corpos
hídricos, e danos à saúde da população local. Isso ocorre porque no processo de
beneficiamento, apenas 20% do que se extrai é aproveitado como matéria-prima.
Os outros 80% são descartados na natureza.

A
Pesquisa

O estudo tem com foco, portanto,
o reaproveitamento desses resíduos. De acordo com o professor “a ideia é uma
resposta à esta forma de exploração. Iremos confeccionar cinco produtos a
partir do que é descartado. Utilizaremos o mineral unido à três outros
materiais complementares: o cimento, a argila e a cal para a confecção de
tijolos para a construção civil”.

Segundo José Ozildo, serão
investigadas através de análises mineralógicas e químicas a durabilidade,
resistência e a capacidade de evitar à umidade destes blocos. Posteriormente, os
mesmos podem ser encaminhados para projetos de construção de casas ecológicas.

Mobilização
Social

No município, existem cerca de
300 minas de extração. Quase que em sua totalidade, os trabalhadores que lá
atuam não possuem vínculos trabalhistas, estão em péssimas condições de
trabalho e não contam com a tecnologia apropriada.

Por isso, a iniciativa não
contempla a pesquisa acadêmica unicamente. “Nosso primeiro desafio é trazer a
comunidade para participar do projeto”, lembra Ozildo.

Ele salienta a necessidade de
além de entregar o produto, mostrar sua viabilidade econômica e que se
produzido lá, pode reduzir os impactos ambientais e a exploração do mineral, pode
gerar empregabilidade e riquezas para a região.

Para isso, a conscientização
ambiental deve ocorrer através de palestras, integração e mobilização em
parceria com a FRCG. Este projeto,
pode subsidiar a discussão de políticas públicas, através de arranjos
produtivos locais, que vão incentivar o desenvolvimento do município.

Currículo

José Ozildo é mestre em Sistemas Agroindustriais (UFCG),
especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública com ênfase no ensino
superior (FIP), em Gestão Pública (UEPB) e em Educação Ambiental e Geografia do
Semiárido (IFRN). Atua como pesquisador junto ao Grupo Verde de Agroecologia e
Abelhas (CCTA/UFCG) e Grupo de Estudos Avançados de Desenvolvimento do
Semiárido (GEADS/UFCG).

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