O inverno começou no último dia 20 de junho, e esse período chuvoso juntamente com o excesso de umidade, promove o desenvolvimento e proliferação do caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica.
O molusco, considerado uma espécie invasora do ecossistema brasileiro, se disseminou em 23 dos 26 estados brasileiros. Ele pode destruir hortas, jardins, contaminar alimentos, transmitir zoonoses, além de servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
Em Campina Grande, a Vigilância Ambiental emitiu alerta para proliferação dos caramujos africanos na cidade, já que tende a se reproduzir em maior escala neste período.
Segundo o médico veterinário, professor e pesquisador Thyago Gurjão, esse caramujo pode ajudar a transmitir doenças de caráter parasitárias sendo elas zoonóticas, como a meningite eosinofílica, causada por um parasita [Angiostrongylus cantonensis], que em seu ciclo biológico atravessa inicialmente pelo sistema nervoso central antes de se instalar nos pulmões; e a angiostrongilíase abdominal, causada pelo parasita [Angiostrongylus costaricensis], doença assintomática que pode levar ao óbito devido a perfuração intestinal e peritonite.
Para ajudar a conter a reprodução do molusco, a Nota Técnica nº 30/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS recomenda a coleta contínua, seguida da eliminação e do descarte do molusco e ovos, podendo ser realizado por qualquer pessoa.
“É preciso ter atenção para a higienização das frutas e verduras com o hipoclorito de sódio 1,5% antes do consumo. Além disso, para realizar a coleta dos moluscos é importante o uso de luvas de látex nas mãos pra recolher os caramujos, ovos e conchas, depositá-los em um balde com sabão ou cloro, deixá-los de molho e depois esmagar tudo, enterrando sempre colocando cal virgem sobre o material e depois cobrir com solo, sendo essa uma forma de eliminá-los”, Thyago explica.
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